A propósito do À Descoberta de Lisboa – Teatros fomos conhecer o Teatro da Trindade – Inatel.
Este foi o último passeio do mês de março, mas em maio temos preparadas mais aventuras.
A iniciativa permite a exploração, descoberta e animação em passeios com a mais agradável companhia e mostra-lhe a sua cidade com outros olhos…
O nosso grupo gostou muito desta visita. Visitaram uma sala de espetáculos intimista, apenas para 50 pessoas, um tipo de sala mais moderna e que nunca tinham visto.
Deram um salto ao sótão, onde viram objetos antigos (onde se pintavam os cenários, objetos para imitar o som do vento e da trovoada).
Subiram ao palco, como uns verdadeiros artistas e o pano estava corrido para baixo. Os guias perguntaram o que se costuma fazer quando uma peça acaba e todos responderam “agradecer”.
Então, os guias sugeriram que o grupo desse as mãos, puseram o som de palmas e o pano levantou-se conforme o nosso grupo cruzava o palco para “agradecer” à plateia, vendo a sala toda iluminada!
Já sentados na plateia, assistiram a um vídeo de homenagem à Carmen Dolores, e gostaram muito pois lembravam-se todos dela!
O grupo adorou e considerou que as visitas aos quatro teatros valeram totalmente a pena.
Foram conhecer espaços que não abrem portas frequentemente, e ver as belas salas que a capital oferece. Foi um mês muito feliz para todos e uma iniciativa de sucesos! Até à próxima!
O Teatro da Trindade:
Situado numa das zonas mais antigas de Lisboa, entre o Chiado e o Bairro Alto, o Teatro da Trindade INATEL foi construído em pleno séc. XIX, quando o centro social e cultural da cidade se situava precisamente nesta área.
Em 1866, Francisco Palha constituiu uma Sociedade destinada à construção do novo Teatro e, em 30 de novembro de 1867, inaugurou-se oficialmente o Teatro da Trindade. Na estreia de gala esteve presente a família real. Naquela época, a burguesia de Lisboa costumava ir às soirées ao Chiado, a um dos três teatros que ainda hoje se mantêm nessa zona: O São Carlos, o São Luiz e o Teatro da Trindade. Eça de Queirós retratava-o nos seus romances como “o teatro mais chique da capital”.
Em 1921, após a aquisição do edifício por parte de uma das primeiras operadoras de telecomunicação, o Salão Trindade foi demolido, não acontecendo o mesmo com o Teatro. Deve-se ao empresário José Loureiro, que negociou a aquisição do Teatro e o seu reequipamento em 1924, reabrindo ao público com um aspeto “mais lindo e mais belo do que nunca”, como considerava o Diário de Notícias.
Atualmente, o espaço que temos hoje como Teatro Trindade é fruto das aquisições passadas e dos esforços que o INATEL (Instituto Nacional para o Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores), que desde 1975 herdou o património, tem feito ao longo das últimas décadas para preservar, dinamizar e revitalizar o Teatro da Trindade INATEL.
Após um ano encerrado para profundas obras de reabilitação, em 2013 o Trindade reabriu esgotado com “Esta Vida é Uma Cantiga”, de Henrique Feist e Vítor Pavão dos Santos, sendo um dos mais antigos teatros lisboetas ainda em atividade!
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